sábado, 26 de julho de 2014

Sei lá

Não sei, é como se fosse um pedido arbitrário da minha própria consciência: Refletir sobre o vazio, para ver se ele reflete algo. E ele reflete tanta coisa ao mesmo tempo que não dá para fazer uma síntese, retalhar nas folhas. O que as pessoas leem nesses textos não passa de uma porcentagem ínfima do que realmente se passa por dentro de mim, mesmo os escritos de forma totalmente factual. O vazio parece pequeno aos olhos de quem não o sente, mas os que o sentem, percebem que ele é paradoxamente gigante demais para conseguirmos fazer pequenas análises, pequenas descrições, poucas deduções, por isso há essa dificuldade de descrevê-lo de forma curta. Os que tentam explicá-lo de forma ampla, com muitas vertentes, não conseguem alcançar a total compreensão de muita gente, porque até o vazio e os seus sinônimos são relativos: uns se dão bem com ele; outros, não. Uns conseguem entender e acham ele digno de reflexão; outros, não. Uns o acolhem e os carregam pela vida; outros, não. E há os que não tiveram chance de escolha entre viver cercado pelo vazio e viver de forma plena: os que foram predestinados pela natureza à injustiça da vida que proclama o ódio contra os que não sabem lidar com ela.

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